samedi 1 novembre 2008

Para quê pensar?

Para quê pensar?
Se este nos leva ao detalhe da tragédia, ao infímo dos nossos desejos, á imundíce dos nossos pecados! Para quê pensar? Se este nos leva aos absurdos fantasmas, às delinquentes lembranças, à imortalidade do corpo! Para quê pensar? Se este é um enlevado de desnecessárias deambulações em torno do abismo!
Que os movimentos e os gestos sejam as graças de um não pensar! E que os mesmos cubram de encanto e ligeireza os momentos passados! Lavar o pensar com águas paradas são meras perdas de tempo! Guerreiros como ribeiros, idiotas lavados!
João Velho (1906)

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